quinta-feira, 23 de abril de 2009

Não importa o quanto pesa!



É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim.
Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas... Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.
As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays, odeiam as mulheres e com elas competem.
Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los. Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras. A maquiagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa.
Os cabelos, quanto mais tratados, melhor. As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas... Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto. Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.
Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão. É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.
Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês; porque nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes.
Por tantas delas somos capazes de atravessar o Atlântico a nado. O corpo muda... cresce.
Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.
Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas.
Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza.
São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol'nem em spa... viveram! O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.
É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no! Cuidem-se! Amem-se! A beleza é tudo isto.
Paulo Coelho

sábado, 10 de maio de 2008

AS PALAVRAS QUE NUNCA TE DIREI


As palavras que nunca te direi
"Querida Catherine:Lamento não te ter falado durante tanto tempo.Sinto que andei perdido......sem rota, nem bússola.Estava sempre a esbarrar nas coisas, talvez por carolice.Nunca me tinha sentido perdido.Tu eras o meu verdadeiro Norte.Quando tu eras o meu porto, sabia sempre voltar para casa.Perdoa ter ficado tão zangado quando partiste.Continuo a achar que foram cometidos alguns erros......e estou à espera que Deus os corrija.Mas já ando melhor.O trabalho ajuda-me.Acima de tudo, tu ajudas-me.Ontem apareceste-me num sonho, com aquele teu sorriso......que sempre me prendeu a ti......e me consolou.Tudo que me lembro do sonho......foi uma sensação de paz.Acordei com essa sensação......e tentei conservá-la tanto quanto me foi possível.Escrevo para te dizer que estou a trabalhar para alcançar essa paz.E para te dizer que lamento tantas coisas.Lamento não ter tratado melhor de ti. .....para que não passasses minuto algum doente, com frio ou com medo. ""Lamento não me ter esforcado mais......por te dizer aquilo que sentia.Lamento nunca ter arranjado a guarda da porta.Arranjei-a agora.Lamento as discussões que tive contigo.Lamento não te ter pedido mais vezes desculpa. . ....por ser demasiado orgulhoso.Lamento não ter elogiado......tudo aquilo que vestias e todos os teus penteados.Lamento não te ter agarrado com tanta forca......que nem Deus te pudesse arrancar de mim. "
"Com todo o meu amor, G. "de Nicholas Sparks
Este livro é simplesmente excepcional,que aborda o tema da redescoberta do amor.Num dia de férias, ao correr à beira-mar, Theresa Osborne encontra uma garrafa fechada com uma rolha, e lá dentro um papel enrolado e preso com um fio. Curiosa por saber o que continha o papel, fica surpresa ao constatar que se trata de uma carta de amor.Enternecida com a intensidade das palavras escritas, decide investigar quem é o seu autor, sem conseguir deixar de pensar de como ele será. As suas únicas informações são, a data que a carta fora escrita, o nome (Garrett), algumas informações extras no conteúdo da própria carta, e que esta é dirigida para “Catherine”.Como Theresa trabalha num jornal, a busca torna-se mais fácil, publicando a carta, sem mencionar os nomes obteve, passando uns dias tem conhecimento de outras duas cartas, que acabam por lhe chegar ás mãos, acabando mesmo por descobrir quem é o “misterioso” autor de tão apaixonantes cartas.Ele chama-se Garrett Blake e é um professor de mergulho, numa pequena localidade piscatória, no estado da Carolina do Norte.Com estas informações, Theresa viaja até à dita localidade costeira, só com o intuito de ver quem é Garrett, sem sequer pensar em comentar com ele o motivo da sua presença.Só que os seus planos não correm como ela planeara... inicialmente acabam por ter uma amizade, e algum tempo mais tarde acabam por se apaixonar, sem que Garrett alguma vez imagine que as suas mensagens que eram dirigidas à sua amada mulher que morrera, fossem alguma vez lidas, e muito menos, pela mulher que agora estava a seu lado e que começava a amar.Mas Theresa sabe que alguma vez terá de contar a verdade, e que não será fácil para Garrett aceitar este facto, só que, antes de ela ter coragem para o fazer, ele mesmo descobre tudo...O final, não compete a mim desvendá-lo, porque é aí que está a maior parte da sua essência. Posso dizer que é um livro que prova o imenso poder que o Amor tem, de como somos capazes de voltar a amar tão intensamente uma pessoa, mesmo quando pensamos que tudo está perdido, depois de perdermos alguém de que amamos mais do que tudo, e que podemos dar sempre uma segunda oportunidade ao nosso coração.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Viver não dói!


Definitivo, como tudo o que é simples a nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram. Porque sofremos tanto por amor?·
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão fantástica, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos porquê?·Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projecções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido juntos e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhámos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque o nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente connosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela as nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.Sofremos não porque nossa equipa perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro nos está sendo confiscado, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida, está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, nos faz perder também a felicidade
A dor é inevitável O sofrimento é opcional

Carlos Drummond de Andrade